Do álbum “Miscelânea” de 2018
Para Onde Vamos
Para onde vamos? Ah, onde vamos parar?
Nessa encruzilhada, que estrada vamos pegar?
Que perigo de mau tempo, temporal,
De temperatura em alta e de desastre existe pra todos nós afinal?
Que deslizamento de monte, que inundação
Nossos olhos tristes ainda inundarão?
Que geleira tem que ainda derreter,
Pra quebrar a pedra de gelo que tem no peito quem tem um podre e alto poder? (*)
Quanto tempo mais alguns vão fingir que não veem
O que eles veem porém fingir lhes convém?
Quantos homens, aos milhares, aos milhões,
Vão morrer de fome e de sede, vítimas de ações de outros homens de outras nações?
Que será do mundo que vemos, que mundo nós
Deixaremos às gerações que virão após?
Que futuro desenhamos, que manhã?
Nosso tino ou desatino hoje define nosso destino aqui amanhã.
(*) Variante
Que desmate tem que ainda ocorrer,
Pra quebrar a pedra que tem no peito de quem depreda do alto e podre poder? (*)