de “Na Pressão”, de Lenine
Eu sou feito de restos de estrelas,
Como o corvo, o carvalho e o carvão.
As sementes nasceram das cinzas
De uma delas depois da explosão.
Sou o índio da estrela veloz e brilhante,
O que é forte como o jabuti;
O de antes, de agora em diante,
E o distante galáxias daqui.
Canibal tropical, qual o pau
Que dá nome à nação, renasci,
Natural, analógico e digital,
Libertado astronauta tupi.
Eu sou feito do resto de estrelas
Daquelas primeiras, depois da explosão,
Sou semente nascendo das cinzas,
Sou o corvo, o carvalho, o carvão.
O meu nome é tupi, gaikuru;
O meu nome é Peri de Ceci.
Eu sou neto de Caramuru,
Sou Galdino, Juruna e Raoni.
E no cosmos de onde eu vim,
Com a imagem do caos
Me projeto futuro sem fim
Pelo espaço num tour sideral.
Minhas roupas estampam em cores
A beleza do caos atual,
As misérias e mil esplendores
Do planeta da aldeia global. (*)
O meu nome é tupi, gaikuru;
O meu nome é Peri de Ceci.
Eu sou neto de Caramuru,
Sou Galdino, Juruna e Raoni.
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Variante:
(*) Do planeta de Neandertal.