de “Nego”, de Carlos Rennó
Nêgo, quando chegas
E me pegas a chamar,
Uma chama chega a me queimar.
Nêgo, em nossas danças,
Tu me lanças teu olhar,
E eis do amor em transe a música.
O meu futuro ´tá em ti,
Eu te projeto em meu céu.
Promete seguir em frente
Sendo meu.
Nêgo, me aconchegas,
Quando chegas com amor;
Nego, eu me entrego sem temor.
Nêgo, que fissura
A ventura imoral
De dois lábios puros de coral!
Nêgo, o diabo ´tá em ti,
E eu vou tentar não ceder,
Mas se não fores em frente,
Vou morrer.
Nêgo, se me pegas
E me alegras, podes crer,
Nego, eu não nego te querer.
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Lover, when I´m near you,
And I hear you speak my name,
Softly, in my ear you breathe a flame.
Lover, when we´re dancing,
Keep on glancing in my eyes,
Till love´s own entrancing music dies.
All of my future is in you.
You´re every plan I design.
Promise me that you´ll continue
To be mine.
Lover, please be tender;
When you´re tender, fears depart;
Lover, I surrender to my heart.
Lover, it´s immoral,
But why quarell with our bliss,
When two lips of coral want to kiss?
I say, “The devil is in you”,
And to resist you I try.
But if you didn´t continue,
I would die.
Lover, when you take me,
And awake me, I will know,
Lover, you can make me love you so.
Música de Richard Rodgers e letra de Lorenz Hart, 1933