Para uma enquete da “Folha de S.Paulo” (“Ilustrada”), publicada sob o título “Alegria do Jeca”, em 16/3/2009
“Tristeza do Jeca” (Angelino de Oliveira), com Tonico e Tinoco. A mais comovente e poética de todas; a síntese mais funda e completa do sentimento caipira em canção.
“Romaria” (Renato Teixeira), com Elis Regina. A extraordinária canção emblemática da modernização do gênero, do grande compositor nascido no Vale do Paraíba.
“Luar do Sertão” (Catulo da Paixão Cearense), com Inezita Barroso. Um grande standard.
“Chico Mineiro” (Tonico e Francisco Ribeiro), com Tonico e Tinoco. Modelo de canção que conta uma história – no caso, trágica e surpreendente: a do assassinato do amigo que se revela “legítimo irmão”, no final.
“O Menino da Porteira” (Luizinho e Teddy Vieira), com Sérgio Reis. Outra histórica canção com história; outro standard.
“É o Amor” (Zezé di Camargo), com Zezé di Camargo e Luciano. Uma das mais belas, populares e apaixonadas canções de amor no gênero.
“Chitãozinho e Chororó” (Serrinha e Athos Campos), com Chitãozinho e Xororó. Mais um exemplo de letra-e-música profundamente reveladora do feeling poético-sentimental caipira-sertanejo.
“Moda da Mula Preta” (Raul Torres), com Raul Torres e Florêncio. A engraçada composição que fazia Guimarães Rosa chorar de saudade do Brasil, na China.
“Sonora Garoa” (Passoca), com Passoca. Outro modelo de renovação (e urbanização) do gênero e uma canção ainda não suficientemente reconhecida.
“Pingo D´Água” (Raul Torres e João Pacífico), com Raul Torres e Florêncio. A relação entre plantação, chuva e fé religiosa, numa peça antológica de uma dupla fundamental de compositores.
PS – Menção honrosa para “O Drama de Angélica” (Alvarenga e M.G. Barreto), com Alvarenga e Ranchinho. A inventividade formal de uma longa letra de efeito cômico-crítico toda em proparoxítonas, muito antes de “Construção”.