Arquivo da categoria: Flávio Henrique

Lud


de “Carona Brasil”

SP,
Aqui só nesse ap.,
Eu penso em vc,
Aí em BH.
Ah, por que
Vc não vem pra cá?
Tô com saudade, pô,
Tô de dá dó…

Minha rainha-sinhá,
Será que existirá você?

Porque em você tem um não-sei-quê,
Que não tem lógica nem se vê;
Será que é mágica, ilude e me iludirá?

Que doce, suave leveza, nó!,
Força da delicadeza, ó,
Gema da mina de minas que Minas nos dá.

Com você,
Eu danço um pas-de-deux,
Eu faço até balé,
Eu por você, ói só:

Vou até
A pé até Belô;
Retomo o café-
Com-leite, sô…

Minha rainhazinha,
Será que existirá você?

Por seus “inhos” tão carinhosos, só,
Por seu jeitinho charmoso, só,
Saio daqui d’“onqotô”, vou praí “oncetá”.

Agora só quero que aponte a ponte
São Paulo-Belo Horizonte
E eu pinte em Santa Tereza, de Vila Madá.

O Pássaro Pênsil


de “Da Maior Importância”, de Elisa Paraíso
2010_Elisa_Paraiso_Da_Maior_Importancia_1024

Parar
Pra não pensar,
Pra compensar,
Pra valer.
Parar
Pra não pirar,
Pra respirar,
Pra viver.
Parar
Pra não se atar,
Pra não se ater
Só ao ter.
Parar
Para se ater
Só ao ser.

Parar
Sem o fazer,
Sem afazer,
Sem dever.
Sem ver
Mais que horas são,
Mas que oração
Se dizer.
Orar
De cor, ação
De coração
E saber
Entrar-
Se, concentrar-
Se no ser.

Pense o espaço e o pássaro lá,
Pênsil, parado no ar;
Pense-o pairando, parando pra continuar…

Parar
Pra se calar,
Pra se falar,
Sem dizer.
Parar
Para zerar,
Para rezar,
Bendizer.
Parar
Pra desplugar-
Se desligar-
Se do ter.
Parar
Pra religar-
Se no ser.

Pense o espaço e o pássaro lá,
Pênsil, parado no ar;
Pense-o pairando, parando pra continuar…

Lud


de “Sol a Girar”, de Flávio Henrique

2006_Flavio_Henrique_Sol_a_girar_1024

SP,
Aqui só nesse ap.,
Eu penso em vc,
Aí em BH.
Ah, por que
Vc não vem pra cá?
Tô com saudade, pô,
Tô de dá dó…

Minha rainha-sinhá,
Será que existirá você?

Porque em você tem um não-sei-quê,
Que não tem lógica nem se vê;
Será que é mágica, ilude e me iludirá?

Que doce, suave leveza, nó!,
Força da delicadeza, ó,
Gema da mina de minas que Minas nos dá.

Com você,
Eu danço um pas-de-deux,
Eu faço até balé,
Eu por você, ói só:

Vou até
A pé até Belô;
Retomo o café-
Com-leite, sô…

Minha rainhazinha,
Será que existirá você?

Por seus “inhos” tão carinhosos, só,
Por seu jeitinho charmoso, só,
Saio daqui d’“onqotô”, vou praí “oncetá”.

Agora só quero que aponte a ponte
São Paulo-Belo Horizonte
E eu pinte em Santa Tereza, de Vila Madá.